Infraestruturas de energia, água, comunicação, transporte, saneamento e capital possibilitam o funcionamento da cidade contemporânea. Nesta, o colapso desses sistemas tem produzido complexos problemas com efeitos cascata como falhas na infraestrutura que tem gerado dificuldades de mobilidade; com impactos sociais, econômicos, ambientais e de saúde. Em Estocolmo, por exemplo, já há tecnologia disponível para beneficiar o lixo doméstico e usar o metano emitido pelos resíduos para mover os ônibus do transporte coletivo da capital sueca. Trata-se de um biodiesel que usa um problema ambiental para criar soluções de mobilidade urbana sustentável. As propostas do plano de mobilidade urbana visam garantir acessibilidade, segurança, eficiência, qualidade de vida, e dinamismo econômico, além inclusão social e preservação do meio ambiente. Este último aspecto é importante por diminuir impactos sobre o meio ambiente em médio e longo prazo para as cidades.
Com essa visão reducionista, o que acaba acontecendo é que, para o poder público, ações de mobilidade urbana se restringem a obras de infraestrutura rodoviária. Ao redor do globo, as principais referências positivas em mobilidade urbana são as cidades europeias. É para isso que chama a atenção Diego Hernández, especialista em transportes públicos e mobilidade urbana e professor da Universidade Católica do Uruguai, em vídeo produzido pelo Banco e Desenvolvimento da América Latina .
Um dos melhores modelos de integração do Brasil vem de Fortaleza , onde a prefeitura criou um serviço de aluguel de bicicletas que é gratuito para usuários do bilhete único municipal. As pessoas retiram as bicicletas nos terminais de ônibus e podem ficar com elas por 14 horas. Esse período mais longo permite, por exemplo, ir com a bike para o trabalho, ficar com ela durante o expediente e voltar para o terminal ou então ir para casa e devolvê-la apenas no dia seguinte. A Região Metropolitana do Recife concentra 42% da população estadual, assim como 65% de seu Produto Interno Bruto . Contudo, ocupando apenas 2,8% da área do estado de Pernambuco, a região apresenta forte concentração e densidade populacional (Condepe/Fidem, 2012). Da mesma forma, como apresentado em seções anteriores, a sobrecarga das suas estreitas vias, dado o crescimento da frota de veículos, leva a necessidade de se pensar alternativas para a mobilidade dessas pessoas.
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Além do governo e da população em geral, os empreendedores têm um terreno fértil a ser explorado. O problema é que o setor público tem sido ineficiente em entender essa a realidade e também em incentivar esse tipo de alternativa. Os congestionamentos podem custar de 2% a 4% do PIB nacional, considerando o tempo perdido, o combustível desperdiçado e o impacto nos negócios. Esse cenário aproxima o Brasil do modelo americano de dependência exagerada do automóvel – com a desvantagem de possuir uma estrutura viária urbana e rodoviária bem inferior.
Essa é a definição mais encontrada, mas também a mais simplista, reducionista e literal – pois “mobilidade” é a capacidade de se mover, e “urbana” é referente à cidade. Mobilidade urbana é a condição de deslocamento de um ponto a outro dentro de uma cidade. Lamentavelmente, o anteprojeto nunca pôde ser executado, por protestos dos cidadãos, seja por seu nome, como por seu aspecto formal. Deste modo, o escritório SWA preparou um novo desenho, mais simples e bem menos simbólico, o qual se começou a construir em março de 2010, sendo inaugurado exatamente um ano depois, com o nome , de “Rosemont Pedestrian Bridge”.
O Brasil possui tecnologia própria, que está presente em cidades como São Paulo e Campinas e, de modo experimental, em Salvador e Brasília. Mesmo com tantas questões a serem melhoradas quando se trata de boas condições para mobilidade urbana, muita gente quer manter esses novos hábitos depois que a pandemia acabar. O futuro da mobilidade urbana está baseado nos pilares do compartilhamento de comprar projeto arquitetônico veículos, na automação e na substituição de combustíveis fósseis pela energia elétrica. Para isso são construídas calçadas mais largas, espaços de travessia mais seguros, ciclovias protegidas, com intervenções que tornem mais agradável andar a pé ou de bicicleta, como árvores e canteiros. Assim, mais pessoas se sentem incentivadas a trocar o carro por meios de transporte mais sustentáveis.
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Ação focada nas aprendizagens dos estudantes, o resultado de projetos interdisciplinares pode atingir toda a comunidade escolar, como no caso da escola de Maceió. “O projeto nasceu a partir de provocações dos alunos, foi organizado dentro da escola e extrapolou seus limites. Cíntia diz que esse tipo de interação é muito enriquecedor em um projeto interdisciplinar, porque ajuda os professores a fazer possíveis replanejamentos para alcançar a recomposição das aprendizagens. “Preciso avaliar o aluno no decorrer do processo, mas quando a minha avaliação é somada à de outro professor conseguimos ter uma visão melhor de como esse aluno está aprendendo”, afirma.
Considerar conflitos no planejamento urbano
Dessa forma, procura-se, seguindo diretrizes da PNMU, atrair a população para um modal de transporte público e coletivo de modo a reduzir a utilização dos meios privados de mobilidade visando, em paralelo, requalificar as águas dos dois principais rios da cidade. Portanto, identificar, na percepção dos usuários de transporte alternativo, os fatores que os fazem optar por esse tipo de transporte possibilitará verificar os gargalos da mobilidade no município que impedem as pessoas de se deslocarem em transporte mais seguros e previstos no plano de mobilidade da cidade. Quanto às extremidades (estes pequenos espaços de descanso), a configuração dessas pequenas praças tem uma capacidade enorme de transformar esta infraestrutura em um espaço urbano relevante. Desta forma, produz-se uma ativação efetiva de um espaço com condição de trânsito, uma questão ainda pendente na construção de estradas e pontes na maioria dos países. Para atingir esses objetivos, o poder público precisa se comprometer, oferecendo à população um plano de mobilidade urbana. Ele contém as previdências a serem traçadas, que miram em um espaço público com maior qualidade de vida.